sábado, 31 de agosto de 2013

São Raimundo Nonato



Raimundo recebeu a alcunha de Nonato ("não nascido") porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. Por isso é festejado, no dia 31 de agosto, como o patrono das parteiras e obstetras.

Em 1224 entrou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos muçulmanos levados para prisões na Argélia. Mas ele não queria apenas libertar os escravos, lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles.

Capturado e preso na Argélia, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 como cardeal pelo papa Gregório IX, todavia no início de seu caminho a Roma padeceu violentas febres pela qual morreu.


SÃO RAIMUNDO NONATO, ROGAI POR NÓS!

Lembrança Da Jornada Rio 2013: Flash Mob

Hoje, trazemos o vídeo do maior flash mob do mundo que aconteceu na JMJ Rio 2013 para que possamos recordar os maravilhosos momentos que todos passamos com a vinda do nosso Papa Francisco.



Os bispos também participaram e ensaiaram.. Curta !

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Papa Francisco aos jovens: Construam com coragem um mundo de beleza, bondade e verdade


O Papa Francisco encontrou-se na tarde desta última quarta-feira, na Basílica de São Pedro, com um grupo de cerca de 500 jovens da Diocese de Piacenza-Bobbio, norte da Itália, em peregrinação a Roma, no âmbito do Ano da Fé.


Os jovens estavam acompanhados pelo Bispo de Piacenza, Dom Gianni Ambrosio, que saudou o Santo Padre em nome de todos os presentes.

Depois da saudação do prelado, o Papa tomou a palavra e disse:

"Eu gosto de estar com vocês. Por que eu gosto de estar com os jovens? Porque vocês têm em seus corações a promessa de esperança. Vocês são portadores de esperança e vivem no presente, mas olhando para o futuro. Vocês são os protagonistas e artesãos do futuro. É bonito caminhar em direção ao futuro, com ilusões e tantas coisas belas, mas é também uma responsabilidade."

O pontífice frisou que os jovens são artesãos do futuro porque dentro deles existem três desejos: o desejo da beleza, da bondade e da verdade.

"Vocês gostam da beleza e quando fazem música, teatro, pintura, enfim, coisas belas, estão procurando a beleza. Depois vocês são profetas da bondade e essa bondade é contagiosa, ajuda a todos. Vocês têm sede da verdade e buscam a verdade. Essa verdade é um encontro com a Verdade que é Deus, mas é preciso procurá-la. Esses três desejos que vocês têm no coração devem ser levados para o futuro a fim de construí-lo com beleza, bondade e Verdade. Este é um desafio para vocês", sublinhou o Papa.

O Santo Padre convidou os jovens a apostarem no grande ideal de construir um mundo de bondade, beleza e verdade. "Vocês têm o poder de fazer isso. Se não o fizerem é por causa da preguiça", frisou Francisco.

"Coragem, avante! Façam barulho, hein? Onde estão os jovens deve haver barulho. Na vida existem pessoas que lhes farão propostas para coibir, para bloquear seu caminho. Por favor, caminhem contracorrente. Sejam corajosos, destemidos. Quando lhes disserem, tome um pouco de álcool, um pouco de droga, digam não. Caminhem contra essa civilização que está fazendo tanto mal. Isso significa fazer barulho. Vão em frente com os valores da beleza, bondade e verdade", disse Francisco.

O Papa desejou aos jovens "todo bem, um bom trabalho e a alegria no coração" e junto com eles pediu a Maria, mãe da beleza, bondade e Verdade para que nos dê a graça da coragem a fim de que possamos caminhar contracorrente.

O Rosto de Deus: Jesus

O Segundo Mandamento está em continuidade com o Primeiro. Se existe um único Deus, que Jesus nos revelou como Pai amoroso, nós devemos respeitar sua identidade, sem pronunciar seu Santo Nome à toa.

Por isso, judeus e cristãos incluíram no Decálogo, esta palavra de amor para com nosso Criador: Não pronunciar o Nome de Deus em vão (Ex 20,7).

Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ilustra este mandamento com um texto de Santo Inácio de Loyola: “Não jurar nem pelo Criador nem pela criatura, senão com verdade, por necessidade e com reverência”. Santo Inácio, como todos os santos, falava de Deus com grande respeito, com “acatamento e reverência”, com “humildade amorosa”.

Para falar adequadamente de Deus, só Deus mesmo. Os seres humanos costumamos imaginar o Criador como alguém tão alto, tão grande, tão misterioso, que o afastamos de todas as criaturas, incluídos nós mesmos, tornando-o inacessível.

Foi necessário que o próprio Deus se encarnasse, viesse até nós, para revelar-nos o quanto Ele está perto de nós. Jesus é o Emmanuel (“Deus conosco”). Ele é o Rosto humano de Deus. Tão humano, tão humano, que assim só podia ser Deus.
“Cristo veio à terra para que todo ser humano se saiba amado” (Roger Schutz). Sabendo-se amado, o ser humano é capaz de amar. Quem não tem consciência de ser amado, não sabe amar.

Um fariseu perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Jesus respondeu “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua vida e com todo o teu entendimento”. E acrescentou um segundo preceito, semelhante ao primeiro: “Amarás teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,34-40). Os judeus tinham mais de 600 preceitos. Mas Jesus resume todos eles em dois: o amor a Deus e o amor ao próximo.

Jesus ensinou-nos a não jurar: "Não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra... Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno" (Mt 5,34-37).

O Segundo Mandamento, como os outros nove, ensina-nos a nos relacionar com Deus e com o próximo. A atitude que devemos ter com o próximo é semelhante à atitude que devemos ter com Deus: respeito, amor e reverência.

Uma pessoa é sinceramente religiosa, não pelo fato de falar muito de Deus, mas por falar e agir de tal maneira, que os outros se sintam respeitados e amados por ela. Leia o texto Lc 10,25-37 e examine a sua vida, para ver se você é mesmo uma pessoa religiosa.


Padre Luís González-Quevedo, sj
Jesuíta, pregador de retiros, escritor

Do Ressuscitado virá a ajuda

Jesus ressuscitado, entre os apóstolos: verdadeira consolação!


O Ressuscitado, apresentando-se aos discípulos, não julga o comportamento que eles tiveram, não crítica, não condena, não lhes joga na cara as recordações dolorosas da sua fraqueza, mas conforta e consola.


Por Carlo Maria Martini 
O que os apóstolos podiam esperar do Ressuscitado? Eles não tinham a consciência clara: haviam fugido, o haviam abandonado, haviam se deixado tomar pelo medo, alguns o haviam traído, quase ninguém estava sob a cruz. Talvez imaginavam que, se Jesus tivesse aparecido, ele os teria repreendido e criticado. Ao invés disso, o Ressuscitado, apresentando-se a eles, não julga o comportamento que eles tiveram, não crítica, não condena, não lhes joga na cara as recordações dolorosas da sua fraqueza, mas conforta e consola.

As únicas palavras de crítica dirigidas tanto aos discípulos de Emaús (Lc 24, 25), quanto aos apóstolos (Mc 16, 14), não se referem ao fato de que eles o abandonaram e que, depois de tantas promessas, tantas palavras altissonantes (morremos, contigo, iremos ao teu encontro) revelaram-se não confiáveis; referem-se, ao contrário, à sua pouca fé.

Eles deveriam ter acreditado nas Escrituras, nas suas palavras e no Testemunho daqueles que o tinham visto ressuscitado. Jesus, que quer o bem desses pobres apóstolos atordoados, perdidos, confusos, humilhados, interiormente abalados pela certeza de serem tão fracos, não leva em conta a sua fragilidade, mas os consola e os levanta.

Detenhamo-nos sobre alguns exemplos de discípulos consolados.

O primeiro está no relato de João 20,11-16: Maria Madalena que chora ao sepulcro porque se despedaçou o laço terreno com o Mestre. Jesus não a repreende, mesmo que as suas lágrimas se devam à falta de fé, à incompreensão do mistério do Ressuscitado. Muito delicadamente, interpela a mulher, entra na dor que ela vive a partir da sua situação confusa: "Por que choras? A quem procuras?". Depois, ouve a resposta estranha e equivocada: "Diga-me onde o puseste, e eu irei buscá-lo". Então, a chama pelo nome, "Maria!", uma palavra que a enche de consolação e lhe permite reconhecê-lo em verdade e plenitude.

O agir de Jesus é um modelo estupendo de consolação que, passando por cima de todos os defeitos, capta o melhor da pessoa. Ele sabia que Maria o amava e, pronunciando o seu nome, ressuscita a chama do seu amor.

O segundo exemplo refere-se aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35). Enquanto o episódio de Madalena representa a passagem do pranto à exultação, o dos discípulos de Emaús representa a passagem da confusão à clareza. Os dois não choram, mas estão perdidos, desiludidos porque Jesus não reconstruiu o reino de Israel; estão tristes com a morte do Mestre e, ao mesmo tempo, abalados pelas notícias de algumas mulheres que afirmam que o Senhor está vivo. Jesus aproveita a ocasião da sua desilusão e da sua confusão para explicar as Escrituras, aquecer o coração e levá-los para diante da mesa eucarística.

Aqui também, com infinita paciência, ele age positivamente, os ilumina e o faz compreender o sentido, a unidade, a ordem, a coerência, a logicidade, a necessidade dos textos sagrados. É uma espécie de lectio divina, que esclarece e aquece o coração. Os dois discípulos, sem entender quem era aquele que falava com eles, se diziam com espanto: reencontramos a paz, a serenidade, o conforto; os bloqueios que nos entristeciam foram superados, e aquelas que pareciam ser desgraças, agora sabemos lê-las como situações providenciais. Jesus realiza uma consolação tipicamente bíblica, que consiste em explicar, a partir das Escrituras, a razão de uma história, de um episódio.

Ainda em Lucas 24, o Ressuscitado aparece aos discípulos (vv. 36-42). É a passagem do medo à alegria. De fato, eles estão cheios de medo; a própria hipótese de que Jesus ressuscitou os assusta, e eles quase temem ser rejeitados, ouvirem dizer: não os conheço mais, vocês são incoerentes, mentirosos, fanfarrões.

Jesus, aqui também, não pronuncia nenhuma das palavras que eles temiam. Com imensa paciência, faz-se reconhecer: olhem, sou eu, toquem-me, deem-me de comer; ele se esforça para colocá-los à vontade, apresentando-se como um deles, próximo deles, como amigo.

Extraordinária, enfim, é a manifestação de Jesus aos discípulos no lago de Tiberíades e a conversa com Pedro, onde a passagem é da vergonha à confiança (Jo 21, 1-19). O Ressuscitado não critica ninguém: estando à margem do lago, aconselha como fazer uma boa pesca e assim enche o coração dos discípulos de satisfação humana, quase sublinhando que ele está sempre disposto a lhes ajudar.

Ainda alguns anos antes, Pedro tinha experimentado isso no lago de Tiberíades, quando tinha jogado as redes ao largo segundo a palavra do Senhor.

Quando os discípulos retornam para a orla, Jesus lhes oferece de comer, sem dizer nada, para não apressar as coisas, para fazer com que eles consigam se refocilar e repousar depois de terem trabalhado toda a noite. É um toque muito delicado.

Posteriormente, por três vezes, faz a Pedro a pergunta: "Pedro, tu me amas?", que permite implicitamente que Pedro remonte à sua traição, sem nenhuma censura.

Ao contrário, ele lhe entrega o mandato, renovando-lhe totalmente a confiança: "Apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas".

Essa é verdadeiramente consolação real: não aproveitar da humilhação alheia para zombar, pôr de lado, mas sim reabilitar, restaurar a coragem, restaurar a responsabilidade. Para consolar assim, eu penso que é preciso ser como Jesus, isto é, ter em si uma grande alegria, um grande tesouro, porque então é fácil comunicá-lo. O Senhor, que tem o tesouro da sua vida divina, faz cair a consolação como um bálsamo, gota a gota. E nós, na certeza de estar em comunhão com ele, podemos fazer cair a consolação gota a gota, sem críticas nem presunção.

Papa Francisco: "Inquietação do coração conduz a Deus e ao próximo"

 Papa Francisco saiu do Vaticano na tarde da última quarta-feira, 28, e foi ao centro de Roma para presidir a missa de abertura do Capítulo Geral da Ordem dos Agostinianos.

A visita do Papa à Basílica de Santo Agostinho atraiu centenas de pessoas e a área ficou completamente tomada por romanos e turistas que aguardaram horas pela chegada do veículo utilitário de Francisco.

O Papa desceu do carro com sua própria mitra na mão, o que chamou a atenção dos fotógrafos e foi bastante destacado pela imprensa. Mais um gesto ‘normal’ do Pontífice. Antes de entrar na basílica, se deteve na rua cumprimentando as pessoas.

A inquietação do coração conduz a Deus e ao amor”: foi a mensagem central de sua homilia, proferida diante de frades dos cinco continentes, religiosas e consagrados que seguem a regra do bispo de Hipona, e alguns leigos.


O Papa convidou a assembleia a deixar-se levar por esta inquietação pessoal para conhecer Cristo e pelas necessidades dos próximos para responder a seu amor. Salientando o percurso pessoal de Santo Agostinho, Francisco exortou a refletir sobre a inquietação em três aspectos: “a busca espiritual, a inquietude do encontro com Deus e a inquietude do amor”.

“O tesouro de Agostinho é justamente o seu comportamento de não ‘privatizar’ o amor, mas estar ‘sempre em caminho, e sempre inquieto’. Podemos nos questionar: eu vibro por Deus, para anunciá-lo, para apresentá-lo? Ou me deixo fascinar pela mundanidade espiritual que me leva a fazer tudo por amor de mim mesmo? Nós, consagrados, pensamos em interesses pessoais, no bom funcionamento de nossas obras, em nossas carreiras...”.

“Por acaso me acomodei na minha vida cristã, de sacerdote, na minha vida na comunidade, ou ainda mantenho a força da trepidação por Deus e por sua Palavra, que me leva a ‘sair’ de mim mesmo e ir em direção dos outros?”.

Prosseguindo, Francisco disse “sentir pena” quando pensa nos consagrados não-fecundos, “solteirões” que não têm vibração espiritual para anunciar o Senhor com coragem e ir ao encontro de todo irmão ou irmã; e terminou citando como exemplo a “fecundidade” pastoral de Santo Agostinho, o “inquieto”.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

1° Encontro da PJ

     Encontro Jovem 

Shalom + Crescendo na Fé


Neste último domingo, dia 25/08/2013, foi realizado na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe o Encontro Jovem Shalom + Crescendo na Fé.

Este encontro tinha como objetivo, repassar o desejo de união entre os jovens para lhes mostrar a força que a juventude têm, além do conhecimento individual de cada grupo.

O encontro teve como tema: " Sede Sal da Terra e Luz do Mundo", fazendo assim que o jovem perceba sua importância em realizar o despertar católico jovem para conseguir levar a palavra de Cristo à todos.


Segue abaixo fotos do encontro:










Papa prepara nova encíclica 'Beati pauperes'

Na nova encíclica, Francisco deverá falar sobre a pobreza.

Depois de publicar a Lumen fidei (Luz da fé), escrita a quatro mãos com o papa emérito Bento XVI, que vendeu 200 mil exemplares na Itália em um mês, o papa Francisco prepara uma nova encíclica, a Beati pauperes (Bem-aventurados ou felizes os pobres), que será lançada até 24 de novembro, no encerramento do Ano da Fé.

Francisco aproveita o tempo para escrever no Vaticano, após ter renunciado às férias de verão, em Castelgandolfo, onde os antecessores costumavam se refugiar para fugir do forte calor de Roma entre julho e setembro. De acordo com o Serviço Brasileiro da Rádio Vaticano, o papa trabalha ainda em outros textos, dedicados a estudos da reforma da Cúria e do Instituto para as Obras Religiosas (IOR), conhecido também como Banco do Vaticano.

Pouco depois de ter tomado posse, há cinco meses, Francisco encarregou um grupo de oito cardeais de estudar as questões do governo central da Igreja e de apresentar sugestões para uma reestruturação da Cúria. A primeira reunião do grupo de cardeais está marcada para o início de outubro.

A nova encíclica, que, segundo agências católicas de notícias, teria igualmente a colaboração de Bento XVI, se centrará no tema pobreza, no sentido evangélico e sem nenhuma conotação política e ideológica. "O próprio título é extraído das bem-aventuranças evangélicas e do discurso (sermão) da montanha, bem-aventuranças que Francisco em seu tuíte de quinta-feira, dia 22, propõe como um ótimo programa de vida para todos nós", afirmou a Rádio Vaticano.

Fonte: O Estado de S. Paulo, 25-08-2013. 

2.000 Visualizações

É com muita alegria que hoje comunicamos essa marca incrível!

Em exatamente 30 dias alcançamos as 2.000 visualizações do nosso blog, isso só foi possível graças a todos nossos leitores que acompanham o blog diariamente e estão em sintonia com ele, assim como nossos internautas que estão sempre visualizando também.

Por isso, viemos agradecer à todos vocês! 

Isto prova o quanto podemos ser fortes se nos unirmos.. E graças a nossa união, estamos vendo progressos no trabalho. 

Continue nos acompanhando diariamente, pois estaremos sempre com uma novidade para você!

Que Cristo nos ilumine e Maria, nossa mãe, nos proteja !

Martírio de São João Batista


Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista, rogai por nós!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Francisco, um papa do entusiasmo

'Francisco, um papa do entusiasmo': a JMJ acabou de começar



“Francisco, um papa do entusiasmo” será tema de um encontro-debate a ser realizado em 3 de setembro, na ilha do Oceano Índico, “Reunião”. O encontro é promovido pelo “Centro Diocesano Santo Inácio”, administrado pelos jesuítas. Os relatores do evento serão três jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, realizada de 23 a 28 de julho. A Ilha da Reunião é um departamento francês no Oceano Índico, localizada à leste de Madagascar.

“A JMJ – lê-se no site da diocese – demonstrou que muitos jovens que creem encontram um novo modelo a ser seguido no jeito de ser e de dirigir-se aos outros do Papa Francisco”. “Em pouco menos de seis meses de pontificado – continua a nota – este Pontífice jesuíta criou um estilo próprio que impressiona pela sua simplicidade e pela radicalidade dos seus discursos, olhando direto nos olhos dos seus interlocutores”.

“Em função disto – explica o centro Santo Inácio – as multidões deixam-se tocar por suas palavras e cada um de nós sente-se interpelado pessoalmente; o seu entusiasmo é contagioso”! Segundo dados de 2010, a Diocese da Ilha da Reunião é formada por cerca 644 mil batizados, numa população de 806 mil pessoas. As paróquias presentes no território são 11.

Entretanto a Arquidiocese de São Paulo acolheu no último sábado, dia 24, no Colégio Marista de São Paulo, jovens peregrinos que participaram da Jornada Mundial da Juventude. O encontro teve como tema "A JMJ acabou de começar" e propôs aos jovens uma reflexão sobre tudo o que aprenderam com as palavras do papa Francisco durante o evento mundial.  Felizmente, a Jornada Mundial da Juventude deixou bons frutos. Após a realização da JMJ em julho deste ano, são várias as arqui (dioceses) que estão se mobilizando em eventos pós-JMJ. O encontro em São Paulo contou com a presença do Arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer. Bastante animados, os jovens contaram testemunhos, participaram de uma celebração eucarística e um momento de confraternização. A proposta do encontro foi manter acesa a “chama” da JMJ no coração da juventude.

Fonte: Dom Total
http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=659291

1 mês da Missa de Envio JMJ Rio 2013

Hoje trazemos este vídeo para relembrar a JMJ 2013


Há exatamente 1 mês atrás nosso Papa Francisco celebrou a Missa de Envio da JMJ 2013, esta missa enviava os jovens para sua missão, para o que Deus tinha reservado para cada um.  Os enviou para levar a Palavra do Evangelho à todos, para que todos jovens da Igreja vão às ruas, ajudem as pessoas que precisam, mostre realmente que você quer seguir os passos de Jesus, espalhe a alegria pela as ruas, leve amor verdadeiro às pessoas!

Esta missa não foi uma missa de encerramento e sim uma Missa De Envio!

A Jornada acabou de começar, transforme o mundo!

Santo Agostinho

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
Santo Agostinho, rogai por nós!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tesouro da Fé


É comum vermos pessoas que, à medida do crescimento de seu bem estar material, têm um decrescimento e diminuição de sua fé, a ponto de muitos se tornarem materialistas e sem compromisso com a comunidade religiosa. Tornam-se convictas da “fé” no “deus” dinheiro, bem estar material e projeção social. Mesmo dizendo-se teistas, colocam a razão da vida no comodismo e no descompromisso com a comunidade religiosa e com a justiça social. Como lembra Paulo, seu “deus” é seu ventre. Algumas até se tornam atéias.

Há os que querem a religião “light” ou sem exigências éticas e morais, para seu “consumo” da fé. A “teologia da prosperidade” é buscada para a solução e melhoria de seus problemas físicos e materiais. O dízimo, nessa perspectiva, é dado para a troca com Deus, buscando vantagens materiais. A fé autêntica é dom de Deus e resposta da pessoa para realizar o que Ele indica, com uma vida coerente com os ditames da consciência bem formada. A coerência com ela leva a pessoa a ter conduta ética, justa, sincera, retidão moral e compromisso com o bem do semelhante e de toda a sociedade. O bem vivenciado é o conformador com os critérios de justiça, promoção da vida e da dignidade da pessoa humana e o respeito aos valores da proposta cristã e eclesial.

A pessoa de fé consistente não muda de atitude diante da tentação ou da proposta de suborno, de vantagens políticas, sociais e bem estar materiais. Não se dobra aos interesses antiéticos e de pessoas e grupos inescrupulosos. Prefere até perder o cargo e vantagens financeiras e sociais para não perder a dignidade e a altivez de caráter. Não desfaz o casamento realizado com convicção e ideal humano e religioso. Não cede diante de caprichos ou interesses aparentemente inofensivos, mas escusos e cheios de desvio de conduta.

Quem é realmente temente a Deus e fez sua promessa de fidelidade não volta atrás em seu compromisso de fé e lealdade humana e religiosa. Jesus lembra o valor do tesouro do Reino de Deus, que não é trocado por nada, nem mesmo por atrativos de grande valor material: “Onde está o vosso tesouro aí estará também o vosso coração” (Lucas 12,34). Apregoa a vigilância para a pessoa não “cochilar” e não ser pega de surpresa em relação à prestação de contas que se deve dar a Deus no termo da caminhada terrestre, pois, ninguém sabe o dia e a hora dessa realidade (Cf. Lucas 12, 35-40).

A fé precisa sempre do cultiva para sua consistência e seu crescimento. O cuidado, a oração e o discernimento são imprescindíveis. A fé fragilizada pode levar a pessoa a ceder ao mal e às armadilhas da tentação ao consumismo e aos descaminhos da conduta. Leva-a para opções não recomendáveis a quem tem dignidade e valores a preservar na dimensão de valores humanos e cristãos. Assemelha-se a um empregado que não procede responsavelmente na ausência provisória do patrão, que pode chegar a momento não esperado. A vigilância é fundamental para a pessoa não ser pega em atitude não comprometida com a própria responsabilidade.

Fonte: Dom Total
http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=658743

Conheça a santa de devoção do papa Francisco

 Dentre as inúmeras invocações pelas quais o papa Francisco tem devoção, nenhuma supera o carinho que ele tem por Nossa Senhora Desatadora dos Nós. "A Virgem Desatadora dos Nós, é a Virgem que desata os problemas da vida, aquela que nos livra dos enganos com o qual o demônio nos ata", explica Dom Eduardo Garcia, bispo auxiliar de Buenos Aires (Argentina).

O pontífice descobriu essa invocação durante sua estadia na Alemanha, na década de 80. Após conhecer o significado de Nossa Senhora Desatadora dos Nós, se entusiasmou de tal forma que resolveu divulgar esta devoção em seu país (Argentina), onde agora a imagem é venerada por milhares de fiéis daquela nação.

A devoção entre os fiéis argentinos cresceu tanto que a paróquia que ele presenteou com o primeiro quadro, se transformou naturalmente em um Santuário, pela quantidade de pessoas que diariamente acodem ali para recorrer à Mãe de Deus.

Nossa Senhora Desatadora dos Nós é uma representação da Imaculada Conceição e sua festa é celebrada no dia 8 de dezembro. Sua imagem foi pintada por Johann Melchior Georg Schmittdner no início do século XVIII.

Fonte: Dom Total
http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=658738

Santa Mônica

Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração.” Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever:“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

35 anos atrás, João Paulo I era o Papa



Nesta segunda, 26 de agosto, decorre o 35º aniversário de eleição à Sé de Pedro de João Paulo I. Nascido em Canale d’Agordo, norte da Itália, em 17 de outubro de 1912, no momento da eleição o Cardeal Albino Luciani era Patriarca de Veneza e assumiu o nome de João Paulo I, homenageando seus dois predecessores: João XXIII e Paulo VI, que falecera 20 dias antes.

O seu pontificado foi um dos mais breves da história: depois de apenas 33 dias o “Papa do sorriso” foi encontrado morto em sua cama, na manhã de 28 de setembro. Em seu único discurso Urbi et Orbi, João Paulo I reiterou à Igreja que seu principal dever era a evangelização e a exortou a prosseguir no esforço do ecumenismo.

Em discurso no dia 10 de setembro, dirigindo-se a representantes da imprensa internacional, pediu que “se aproximassem mais de seus semelhantes, intuindo de perto seu desejo de justiça, de paz, de concórdia e solidariedade, em prol de um mundo mais justo e humano”.
Nas quatro audiências gerais que concedei, o Papa “humilde” enfrentou temas como a humildade, a fé, a esperança e a caridade, falando com um estilo pessoal do qual emergiu sua missão pastoral e catequética.

João Paulo I também é lembrado como o “Papa catequista”, ou “Papa pároco do mundo”, nomes que salientam seu amor pela catequese vista como paixão comunicativa a serviço da verdade cristã e não como uma forma reduzida de evangelização.

Fonte: Santa Sé

Papa Francisco diz: "é preciso testemunhar a fé com caridade e justiça"

"Não tenhamos medo de passar a porta da fé em Jesus" - o Papa Francisco no Angelus disse que é preciso testemunhar a fé com caridade e justiça.

Ao meio-dia em ponto o Papa Francisco surgiu na janela do Palácio Apostólico para a celebração do Angelus. Na sua mensagem o Santo Padre voltou ao tema da salvação, a propósito do Evangelho deste Domingo, em que Jesus aponta ser mais importante conhecer o caminho da salvação do que saber se serão muitos os que se salvam. A porta é estreita diz-nos Jesus, uma porta que representa a nossa casa o lugar onde encontramos segurança, amor e calor. Portanto, há uma porta para entrar na família de Deus. Essa porta é Jesus.
Jesus é a porta, Jesus é a salvação, Ele conduz-nos ao Pai. Todos estão convidados a passar esta porta da Fé e a entrar na sua vida. Assim, Jesus entra na nossa vida para a renovar e transformar.
Hoje em dia há muitas portas onde podemos entrar que nos prometem tanta felicidade... - continuou o Papa Francisco que lançou duas questões: Em qual porta queremos entrar? E quem queremos fazer entrar pela porta da nossa vida? Perante estas interrogações o Santo Padre a todos fez um convite: não tenhamos medo de passar a porta da Fé em Jesus, de deixá-lo entrar sempre e cada vez mais na nossa vida, de sair dos nossos egoismos e das nossas indiferenças para com os outros.
E ser cristão, segundo o Papa Francisco, é testemunhar a fé na oração, nas obras de caridade, na promoção da justiça, em fazer o bem. Pela porta estreita de Jesus deve passar toda a nossa vida.
Após a recitação do Angelus o Santo Padre fez um forte apelo para a paz na Síria, dizendo estar muito preocupado com a guerra entre irmãos, as tragédias e atos atrozes a que estamos a assistir. Recusando firmemente serem as armas que abrem perspectivas de esperança o Papa Francisco manifestou a sua proximidade e oração para com todas as vítimas deste conflito, sobretudo as crianças. Apelou à Comunidade Internacional para que se mostre mais sensível para com esta trágica situação. E tudo isto disse do fundo do seu coração...

Fonte: Santa Sé

domingo, 25 de agosto de 2013

Dia do Catequista

Acompanhe abaixo o vídeo dos catequistas de nossa Paróquia!
Créditos: Claudio Barreto


Ser catequista:
           
É ser esperança

É ser amor

É ser serviço

É acolher e perdoar

É saber o sol da terra e a luz do mundo

É lutar

É investir na prática do bem sem olhar a quem

É distribuir sorrisos, otimismo, justiça e alegria de viver

É viver a oração na vida… e a vida na oração.

Numa só vida

Numa só comunhão.


sábado, 24 de agosto de 2013

São Bartolomeu

Neste dia, festejamos a santidade de vida de São Bartolomeu, apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Bíblia é citado com o nome de Natanael (que significa dom de Deus). Os três Evangelhos sinópticos chamam-lhe sempre Bartolomeu ou Bar-Talmay (filho de Talmay em aramaico). Nasceu em Caná da Galiléia, naquela pequena aldeia onde Jesus transformou a água em vinho.

Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor, pois, assim encontramos no Evangelho de São João: “Filipe vai ter com Natanael e lhe diz: ‘É Jesus, o filho de José de Nazaré’”. Depois de externar sua sinceridade e aproximar-se do Cristo, Bartolomeu ouviu dos lábios do Mestre a sua principal característica: “Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento” (Jo 1,47).
Pertencente ao número dos doze, São Bartolomeu conviveu com Jesus no tempo da vida pública e pôde contemplar no dia-a-dia o conteúdo de sua própria profissão de fé: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. Depois da Paixão, glorificação do Verbo e grande derramamento do Espírito Santo em Pentecostes, conta-nos a Tradição que o apóstolo Bartolomeu teria evangelizado na Índia, passado para a Armênia e, neste local conseguido a conversão do rei Polímio, da esposa e de muitas outras pessoas, isto até deparar-se com invejosos sacerdotes pagãos, os quais martirizaram o santo apóstolo, após o arrancarem a pele, mas não o Céu, pois perseverou até o fim.
São Bartolomeu, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Encontro Jovem - Shalom + Crescendo na Fé

Encontro Jovem com Grupo Vocacional Shalom Jovem e Grupo Jovem Crescendo na Fé será realizado neste domingo!

Venha jovem, venha conhecer a Pastoral da Juventude! Venha rezar! Venha ouvir, venha falar!

Peregrinos que vieram para a JMJ pedem refúgio ao Brasil

  • - No Rio, pelo menos 38 estrangeiros que viajaram para ver o Papa já deram entrada em processo para ficar no país.

  • - Eles alegam perseguição religiosa ou questões relacionadas a conflitos armados em seus países de origem.



  • No corpo do serra-leonês A., de 24 anos, as cicatrizes revelam as marcas da intolerância. Aos 4 anos, ele viu o pai e a irmã mais velha serem assassinados pelos vizinhos por conta de sua opção religiosa: a família era católica. Quando fez 9 anos, A. foi levado à força para uma floresta próxima à vila onde morava, no oeste de Serra Leoa, para participar de um ritual de inicialização tribal durante o qual seu corpo foi perfurado com ganchos.

    O jovem é um dos 43 estrangeiros que aproveitaram a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para pedir refúgio ao Brasil, alegando perseguição religiosa ou questões relacionadas ao conflito armado em seus países de origem. Segundo levantamento do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), somente no Rio 38 peregrinos do Paquistão, da República Democrática do Congo e de Serra Leoa, assistidos pela Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (Carj), já deram entrada no processo de regularização de sua estada no país. Outros cinco, que estão em São Paulo, também já pediram refúgio.

    — A JMJ foi a oportunidade que tive para sair do meu país. Meu pai foi morto por ser cristão. Minha mãe, que é liberiana, saiu de Serra Leoa por medo. O que aconteceu com eles também poderia acontecer comigo — relatou o jovem.

    O radicalismo dos moradores da vila onde A. viveu até a adolescência marcou a memória do jovem serra-leonês. Ele chama a floresta onde foi obrigando ainda criança a passar quatro meses realizando rituais tribais tradicionais de sua comunidade de Evil Forest, a Floresta do Diabo ou da Maldade.

    — Eles nos tratavam como escravos. Não deixavam a gente dormir com o grupo que estava na Evil. Quando rasgaram meu corpo com os ganchos eu fiquei dias sagrando sem nenhum tipo de assistência — relatou o jovem mostrando as cicatrizes espalhadas pelo peito e pelas costas.

    Além da mãe, A. deixou para trás quatro irmãs e cinco irmãos. Como ele, o também serra-leonês C. conta as agressões sofridas em sua vila, também localizada a oeste do país, por conta de ser católico. No ano passado, desobedecendo a uma ordem do pai, que também é católico, ele foi caminhar na vila durante um festival realizado na comunidade que tem cerca de 250 pessoas e onde somente oito seguem o catolicismo.

    C. relata que foi cercado por um grupo que o agrediu. Ao tentar fugir do ataque, ele foi atingido por uma pedra na cabeça. A cicatriz é marca da intolerância religiosa que sofreu. O pai, preocupado com a segurança do filho, o incentivou a sair do país em busca de uma nova vida.

    — Meu pai soube que em dezembro eles fariam algum tipo de ação contra os católicos. Ele é professor e tem o respeitos dos mais velhos, mas nós não estaríamos seguros — relatou.

    Lei da blasfêmia para perseguir católicos

    Enquanto as marcas dos serra-leoneses materializam a perseguição sofrida em seu país, o grupo de paquistaneses que pediram refúgio ao Brasil traz na bagagem da JMJ histórias de discriminações e perseguições. O paquistanês Z., que vivia ao sul de Islamabad com seus pais e quatro irmãos, relata as privações sofridas por ele, os familiares e amigos em sua terra natal. Ele conta que o irmão teve que largar o emprego de vendedor de peças para a indústria de armas quando descobriram que era católico. A família se refugiou na casa de parentes em cidades vizinhas, por contra da discriminação. Ele afirma ainda que já foi perseguido por autoridades locais e discriminado na busca por um emprego quando se declarou católico. O jovem, que pediu para não ser identificado, testemunhou perseguições e violência contra outros católicos de sua comunidade.

    — Eles usaram a lei de blasfêmia para perseguir católicos. Casas eram invadidas, pessoas eram presas e não voltavam. Apesar da constituição (do Paquistão) afirmar que cada pessoa tem direito à sua crença, eles se utilizavam de armadilhas para dizer que os cristãos depreciavam o Islã, insultando sentimentos religiosos de outra pessoa — relatou o jovem, afirmando que em março outros católicos, que praticavam a religião com ele, foram perseguidos e apreendidos por autoridades locais.

    Na casa, no subúrbio do Rio — a pedido da Cáritas e do ACNUR, nomes e localizações dos peregrinos não podem ser divulgados, pois o processo de solicitação de refúgio ainda não foi concluído —, a imagem do Papa Francisco enfeita um mural improvisado. Lá estão cinco estrangeiros — três paquistaneses e dois serra-leoneses — dos 11 que pediram refúgio por perseguição religiosa. No total, seis peregrinos vieram do Paquistão, três de Serra Leoa e dois do Congo. Um outro grupo continua sendo hospedado por voluntários da JMJ.

    A coordenadora do projeto de assistência e proteção a refugiados da Cáritas, Aline Thuller, afirma que o número de estrangeiros no Rio em situação análoga a do grupo pode ser maior. Segundo ela, há relatos, entre as pessoas assistidas pela Cáritas no Maracanã, de outros estrangeiros que não iniciaram o processo de pedido de refúgio:

    — Há, sim, a possibilidade de haver mais pessoas que vieram para a JMJ e não pediram refúgio ainda. Muitos, por medo. Outros, por desconhecimento da legislação brasileira sobre o tema.
    O Brasil é signatário dos principais tratados internacionais de direitos humanos e é parte na Convenção das Nações Unidas, de 1951, sobre o Estatuto dos Refugiados e do seu Protocolo, de 1967. O país promulgou, em julho de 1997, a lei de refúgio 9.474/97, contemplando os principais instrumentos regionais e internacionais sobre o tema.

    Ajuda de custo e documentos novos

    A lei garante documentos básicos aos refugiados, incluindo carteiras de identidade e de trabalho, além de garantir a liberdade de movimento no território nacional e outros direitos civis. O processo que avalia os pedidos de refugiados demora, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas, cerca de oito meses. Primeiro, eles dão entrada no pedido na Polícia Federal. Em seguida, são encaminhados à rede da Cáritas para receber ajuda jurídica e social. No período de avaliação, que passa também pelo Ministério da Justiça, eles recebem auxílio de R$ 300 e documentos provisórios, como carteira de trabalho e CPF. A Cáritas faz ainda o acompanhamento social do caso e oferece cursos de português e artesanato aos atendidos.
    Os pedidos de refúgio com a alegação de perseguição religiosa representam, para o representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramires, um desafio às autoridades brasileiras:

    — Faremos um acompanhamento detalhado desses casos, pois o pedido de refúgio, devido a opções religiosas, é uma questão complexa de ser decidida. Claramente, há épocas em que o número de refugiados motivados por questões religiosas é maior. Numa avaliação preliminar é possível afirmar que a JMJ influenciou diretamente no aumento desses casos no Brasil.
    Em meio à dor da separação dos familiares, a esperança de recomeçar a vida é o que os mantêm firmes na decisão de pedir refúgio ao Brasil. Todos são unanimes: a razão de quererem ficar aqui é a liberdade de poder se manifestar.

    — Não me perguntam o que eu sou, o que eu penso, em que eu creio. Aqui, as pessoas são receptivas. Elas não nos julgam por conta de nossas escolhas — afirma o paquistanês Y.
    O Brasil possui cerca de 4.200 refugiados reconhecidos pelo governo federal, originários de mais de 70 nacionalidades diferentes. Em 2013, cerca de 300 novos pedidos já foram aceitos pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), sendo a maioria composta por refugiados originários da Síria, da Colômbia e da República Democrática do Congo. Em todos os casos, por conta de conflitos militares em seus países de origem.

    Fonte:  Infoglobo Comunicação e Participações S.A.